9.26.2011

Quando me "discerto", me erro?

                                      

     Sempre fui questionada do por que de tantas entrelinhas, tantos devaneios e passei a me auto-interrogar se eu era mundo de compreensão ou admiração. Aqui, só escrevi dois textos e mesmo assim, me permiti ser escusa, como sempre. Tenho esse prazer, não sei ser diferente, gosto da interpretação, do voar, de projetar e ambiguidar sentimentos.
     Já dissertei, fato que não nego, mas me rebelo por não conseguir contar uma história sempre em tom de confissão. Na subjetividade ganho força e até me permito um certo orgulho, mas hoje me visto transparente, na sua frente, contradição.
     Sempre gostei de borrar o branco papel com grafite de lápis. Me divertia a ideia da criação; Logo menina me projetei em poesias e minha mente ganhou imensidão, mas com o tempo fui perdendo a inocência, e abandonei a vocação. Por obrigação escolar voltei a escrever, de uma forma que eu fosse compreendida, mas sempre naquela vontade subjetiva de esconder o óbvio.
     Só depois da presão passar e da identidade refletida (como sempre costumo dizer), enxergar, comecei a ser eu na interpretação que me permito viver. Ser livre nem sempre é ter características soltas, as vezes é ser preso dentro de ideais de escolha. Muitos optam por linguagem fácil, outros tantos por rebuscadas, alguns nem escrevem enquanto outros, dançam.
     Mas não foi para falar só de escrita que me diZeRRei aqui, aproveitei a referência de quem nós somos enquanto identidade para mostrar um vídeo que muitos de vocês até devem ter visto, mas não sei se refletiram.
     Jhon Lenon da Silva, muito me inspirou a trans"parecer" a motivação que leva cada um de nós a fazer o que gostamos em prol daquilo que acreditamos e amamos. Além de um simples papel, o palco agora é sua vida, o teatro: circunstância, os jurados: medos (as vezes criados por nós mesmos) e a dança, fruto de uma dedicação superada na coragem identificada: eu sei o que estou fazendo porque isso me traduz, eu.
     Este vídeo vivifica o belo mesmo matando o lindo cisne, porque é no entendimento da particulariedade que a pluralidade de talentos se faz arte.


                                        No pouco,
                                                     em falas desnecessárias,
                                                                           choro em silêncio...
                                                                                                       carapuça.  
 



     Escrita? apenas um exemplo.
     Me Errei, de propósito,
     Subjetivo, só mesmo o assunto óbvio.

     Cada você que lê, um ser, um transportar, um querer se identificar no testemunhar. Seja em palavras narradas, sobrepujadas ou dançadas;
     Não se engane, liberte-se um prisioneiro do amor! 
     Onde te falta uma carapulça? Em que parte da sua vida te falta ser um cisne ritimado por uma batida street dance? Quando choro em silêncio, confesso dentro, falhas. Olhe para si, veja você, quebre-se clássico. Eu me revesti de vergonha, vestindo nua do avesso consciência de memórias erradas, não de escritas, mas de segredos. Conte os seus aos teus ouvidos, baixinho, e peça para que se escute eco de si. Aqui, apenas uma resposta às perguntas: RECONHEÇA-SE IDENTIDADE.

     No amor, quando faço o que quero,
     Até erro,
     Mas recomeço, de novo, o velho,
     Porque sou o mesmo,
     Na busca do aprendizado.    
            

9.15.2011

Surda mente, ouço eco.



To lida, agora, de meus segredos,
Por assim permitir confessá-los;
Me vitimizo em cômoda situação, 
Centro deste cenário,
Palco de sua imaginação.

O que não se disserta, certa vez, funcionou;
Hoje, versos, paralelos,
No infinito do abismo, eu, projeção.

     Não sei como, nem por onde, nem sei que sei. Aqui dentro, o silêncio me ensurdece. Análise e percepções. Alguma coisa existe, mas é triste a falta do não saber. Dói dizcorrer de sentimentos mudos.
    
O que se cala, não mais, fui.
Na tentativa da tradução, eco surdo.
Sem palavras,
Perdida em minhas próprias vontades,
Expressão do que falta,
Respostas.

     O mais engraçado de tudo, delírios, julgo, ter a vida resolvida. Nada me falta. Sou privilegiada de amor, amizade e graça, mas me resta a paz coerente. Conflitos nomeados, tempo a eles, angústias órfãs, eu.

No medo, me escondo,
No abismo, pulo,
Quando me falta, procuro dentro;
Solto, largo, encolho conchas;
Anulo a incoerência,
Na eloquência de ser, entendida.

     Sei que mesmo sem motivos, o buraco. Mas aqui, seu fim. No cavar do infinito, abrigo. Se a dimensão é essa, então que seja minha morada o projeto escuro dos delírios. A busca faz do entender: respostas. Eis que sou, eu de mim.

9.09.2011

Vínculos trancritos: "luz-se-dar-se", eis uma alma empolgante!

    
    Tenho nas eloquentes viagens escritas, o desejo reprimido de me fazer compreendida em vôos ludibriais. O delírio é justamente esse, é a falta de juízo do casual imperfeito. Relutei, confesso que julguei tarefa difícil demonstrar  tamanha fraqueza. 
     No silêncio me engulo, viro-me para muitos, no mundo de todos, o deles; A interpretação se torna o julgar de quem o faz, e eu, reconheço a mim, no pouco que vejo dos outros.
     A minha comunicação é quase um código, eu corto, tenho manias, abrevio; Enquanto você me lê, sua mente vaga. Sou um percurso, não por vaidade, mas por gostar de ousadas companhias.
     Gosto dos devaneios, saltar os muros das convenções, e nessa de me apresentar, faço-me de palavras pensadas, no ato do mais belo cenário semi-teatral. Porque nada mais bem ensaiado e elaborado do que boas composições "diz certadas".
     Para tantos, somos insanos às margens da projeção. Revelando o que sinto, liberto do avesso o reflexo da minha imagemE por hoje, um resumo; O manifestar da vontade do que ainda há por vir. Na ansiedade do muito que não fiz, aflição. 
     Sinto sempre o fechar do círculo, há de novo, o novo, literalmente, o mesmo concluir do início fim. Volto sempre. Fato! Convicta da necessidade do constante viver aprendendo a ser, eu.