8.21.2013

Até quando?


É uma dor, um nó, um sufoco entalado;
E de tão antigo, um quase precioso bem de estimação. 
A gente vai curtindo, e em ambos sentidos, ele ganha proporção. 
Acomoda, vira cômodo, casa, e divide nosso lar. 
Nunca some, apenas dorme, e nas sombras, sua morada fixa. 
Então a gente se entrega, se perde, e fica vulnerável. 
Na espera, silêncio póstumo, marcas cobertas, frígidas;
Variável de forças que se enclausuram na pequenez,
E nesse contrassenso, sinto a volta do que nunca passou.  
O tempo ajuda,
A quem? 

Um comentário:

  1. Perfect!
    "Nunca some, apenas dorme...
    E nesse contrassenso, sinto a volta do que nunca passou.
    O tempo ajuda,
    A quem? "
    Bjo bjooooo

    ResponderExcluir