2.21.2013

Luto à melancolia


Algum Freudista de plantão? 

Nesse silêncio agressivo, 
Me objeto, 
Me "superapego",
Me imPulsiono ego; 
Fragilizo minha imagem na emoção. 

Objetivo o inverso da fonte,
Suicido o libido,
Em hemorragia vivo,
Minha conversão.

Reflito o eco narciso,
Perturbo a estima,
No contra-senso Freudiano,
Me permito ilusão.

Fecho em mim a busca da proteção do ego, busco na volta do eu ideal a superação do objeto morto, e nessa percepção secundária, luto-me uma nova vida. É, até o sofrimento tem explicação, ou pensa-se ter. Não quero nesse diário aberto "e-luz-se-dar" apenas conflitos pessoais, quero me sentir comum a você. Sou mais uma que sofre os dessabores da perda, sou uma comum que sabota o sofrer e vampiriza a dor, uma outra igual por narcisar o ego e por vezes alimentá-lo em paranoias.

Não perca-se pela falta de visão sobrepujada, não morra em si mesmo, porque até a sua "depressão" faz parte de uma queda segura daquilo que se supervaloriza. O problema é viver nos extremos, o difícil é voltar a amar-se depois de uma renuncia objetal, e froids (rs) é ser narciso do seu próprio ego.

Se você já teve alguma desilusão, bem vindo! Há estudos sobre você. E aqui, mais do que contar um fato verídico, ou confessar sentimentos, quero afirmar que te entendo. Minha história é cheia de exemplos, mas quem vos fala nesse momento é um alguém que por amar os porquês e psiquês, busca nos conflitos, uma maneira superável de viver.

Todos nós, fora do campo psicoanalítico, temos no comportamentalismo uma maneira de escolher ceder ou influenciar, então seja sua morada, pelo menos, a conveniência da sobrevivência. Não se permita morte, mas morra para aquilo que te escraviza. Seja autor de si mesmo, porque no mínimo, seu sofrer será uma pulsão para o superego, e no máximo, o reflexo de um narciso vivo que ironicamente ecoa.    



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